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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

SMEC inicia a formação continuada com educadores em Coronel Barros

        A SMEC- Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Augusto Pestana, em parceria com as prefeituras de Coronel Barros, Bozano e o Programa "A União faz a vida" do Sicredi deram início a formação continuada dos professores da Rede Municipal em grande estilo no dia 25 de Fevereiro, sexta-feira, em Coronel Barros.


Representante do Programa "A união faz a vida" do Sicredi, Ana Pannebecker





Professor Dr. Paulo Evaldo Fensterseifer e Secretário da Educação de Coronel Barros
Professor Ms. Max Haetinger
        Na parte da manhã, trazem o professor Ms. Max Haetinger com o tema "Comunidades de aprendizagem:sentir, pensar e agir". O professor Haetinger cursou a Escola Superior de Educação Física, a Faculdade de Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Economia na PUC-RS. É pós graduado em Informática na educação (UFRGS), Psicopedagogia (Candido Mendes), Técnicas de Expressão Criadora (Lyon, França). Mestre em Educação( Winc.EUA), Mestre em Educação a distancia (AWU/EUA) e Aluno especial do Doutorado em Informática na Educação(UFRGS) . Desenvolveu pesquisas e apresentou trabalhos em congressos sobre temas ligados à criatividade, Informática aplicada aos processos educacionais, artes e educação física. Diretor do Instituto Criar. Professor em vários Pós graduações entre eles Castelo Branco-IESDE , Universidade de Passo Fundo( UPF), Universidade do Porto (UP-Portugal) Universidade do Texas (UT-EUA) e Universidade SEBRAE de Negócios (USEN Brasil).Consultor da Microsoft Educação Brasil para informática na Educação. Paralelamente, desenvolveu a atividade de diretor de teatro, cinema e televisão. Autor dos livros Criatividade –Criando Arte e Comportamento (1998), Informática na Educação – Um olhar criativo (2003). Universo Criativo da criança na educação (2005) http://www.maxcriar.com.br/.
          O palestrante declarou que "nesses trinta e um anos de sala de aula tenho tentado entender/aprender como o aluno aprende" . Para  Haetinger educação é um processo constante e como diz Rubem Alves "Sem alegria não existe aprendizagem". Lembrou o objetivo principal da educação que é  a FORMAÇÃO. No passado a escola tinha o papel de informar,pois informação era privilégio apenas de pessoas muito ricas. No Brasil as massas populares só tiveram acesso à televisão nos anos setenta. Nos últimos vinte anos a escola esqueceu de ensinar "limites e valores" em todo o planeta. E hoje a escola tem a missão de FORMAR E NÃO MAIS INFORMAR. O professor esclareceu que na economia atual as esferas cooperam em rede para competir. A competição se dá em grupos. Assim como na educação , temos os desafios da educação do futuro:
-INOVAR
-DIVERSIFICAR
-APRENDER
-TRABALHAR EM EQUIPE
-USAR AS TECNOLOGIAS
          
          Lembrou da inclusão social na escola: ambiente em que o sujeito se  sinta aceito e se veja. Por isso, a importância da tecnologia nas escolas, do professor fazer diferente, estar em constante melhora no processo profissional, colocar em prática os conhecimentos, conviver, aceitar e amar  a diversidade), já que "sem motivação e sem confiança não existe aprendizagem", segundo FRENEIT.



              As atitudes do profissional mais valorizadas no século XXI são: pró-atividade, cooperação, criatividade, inteiração, confiança. Além do conhecimento técnico, o profissional precisa ter atitudes comportamentais, autonomia, fazer antes de ser mandado, ter iniciativa e a escola deve cumprir esse papel na formação humana em sociedade. A cooperação é a grande chave para a educação atual: para mobilizar/efetivar professores, alunos e comunidades.           
                Haetinger foi ainda mais longe "se não buscarmos a perfeição a qualidade nunca vai chegar". Para que serve o sonho? Para que serve a utopia? São como o pôr-do-sol...quanto mais me aproximo, mais ele se afasta, dizia Eduardo Galeano. Mas então para que serve o sonho e a utopia? É isso que faz a gente trabalhar, lutar, as nossas utopias, nossos sonhos. Professor além de ter utopia, faz o outro sonhar. Se não sonha deixa de ser professor, pois inspira, testemunha.

           Conclui sua fala com Paulo Freire (1999) que diz: "A Escola é: o lugar onde se faz amigos, não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é, sobretudo, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima: Coordenador é gente,o professor é gente, o aluno é gente,cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de "ilha cercada de gente por todos os lados". Nada de conviver com pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém, nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade, é criar ambiente de camaradagem, é conviver, é se amarrar nela. Ora, é lógico... Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz)".

Professor Dr. Paulo Evaldo Fensterseifer da Unijuí


                Já na parte da tarde, a formação continuou com o Professor Dr. Paulo Evaldo Fensterseifer, com o tema" Educação escolar: entre o não mais e o ainda não (buscando o equilíbrio da vara). Fensterseifer possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (1985) , graduação em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1989) , especialização em Pós Graduação Latu Senso Em Filosofia Política pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (1990) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1999) . Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Membro de corpo editorial do Movimento (Porto Alegre), Membro de corpo editorial da Revista do Centro de Educação da UFSM, Membro de corpo editorial da Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Membro de corpo editorial da Revista Científica do ITPAC e Membro de corpo editorial da Corporalogía. Tem experiência na área de Educação Física , com ênfase em Filosofia. Atuando principalmente nos seguintes temas: Racionalidade, Modernidade, Educação, Educação Física, Neomodernidade e Pós-modernidade.


               Segundo Fensterseifer, devemos distinguir a educação no sentido amplo da educação escolar. Reconhecer que dois problemas significativos afetam a educação escolar e deveriam nos incomodar. São eles: ausência de respeito humano (recíproco) e a não aprendizagem. Há  falta de respeito do professor ao aluno quando não prepara aula, no excesso de faltas, assim como existe outro problema: o "democratismo"-crença de que alunos e professores são iguais na relação pedagógica. No democratismo, enquanto professores não podemos exercer relações de poder e autoridade. Há confusão entre autoritarismo e anuidade e abandono das práticas disciplinares.
                  No "ludismo" (ou falso hedonismo) há abolição do vínculo -esforço-prazer. Nem tudo se aprende "brincando". Devemos ter cuidado com  o "pedagogismo" (misteriosa arte de ensinar qualquer coisa sem saber alguma coisa".
                    Citou os "falsos dualismos" : professor sujeito X aluno objeto; professor opressor X aluno oprimido; conteúdo X forma ( não ensinamos conteúdos, ensinamos crianças"; competência técnica X formação política; autonomia X heteronomia; liberdade X coerção; educador X professor.


Secretária da SMEC Augusto Pestana, Marisa Stragliotto
                  Sobre a homogeneização, Fensterseifer atenta para a perda da especificidade da instituição escolar; confusão entre hierarquia de importância com especificidade; redução do conhecimento importante e informações interessantes e as ilusões tecnológicas.
                 Quanto a aheteronomia, Fensterseifer enfatizou a naturalização da educação escolar e seus componentes curriculares, conteúdos, espaços, tempos; legalidade sobrepondo-se a legitimidade;  separação do pensar e do fazer (racionalidade instrumental em detrimento  de uma racionalidade dialógica entre governantes/gestores e executores).
                     Para o palestrante "as relações pedagógicas não são democráticas, mas cumprem uma função democratizante ao democratizar o acesso ao conhecimento" e " a disciplina é condição para aprendizagens sistemáticas. É o interposto entre a situação presente e nossos objetivos. É meio e nunca fim em um estabelecimento de ensino. Começa po imposição dos adultos para tornar-se autodisciplina".
                       As aprendizagens sistemáticas, objetivo do ensino escolar demandam esforço, disciplina, rigor em sua maioria e os objetivos da educação são , em sua maioria, a longo prazo (visualizados preliminarmente pelos educadores), logo os prazeres que deles decorrem, raramente são imediatos. Como dizia Freud "sem coerção não há civilização".
 Professor de Música, Vinícius Ribas, do Projeto Canto Coral
da SMEC Augusto Pestana
                      Como professores (profissionais da educação) temos o dever de ensinar como educadores, representantes dos valores democráticos e republicanos, acerca dos quais não nos é permitido fazer concessões. ´´"É uma falácia separar a condição de professor e educador", afirma Fensterseifer.
                       Nesse clima de alegrias, reflexões e cooperação, começamos a nossa Formação Continuada 2011, que terá continuação nos municípios parceiros, qualificando e valorizando nossos profissionais do magistério.





SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA- SMEC
Augusto Pestana, 25 de Fevereiro de 2011.














Ana Pannebecker e Prof.Vinícius Ribas

Texto, comentários e fotos sobre a formação de Flávia Garcia Fernandes, Coordenadora Pedagógica-SMEC -Augusto Pestana.

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