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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Dia da Bandeira :E.M.E.F. Papa Paulo VI

19 de NOVEMBRO:
 DIA DA BANDEIRA


A bandeira é um símbolo. Ela pode representar um time de futebol, uma instituição, um grupo étnico-cultural, enfim, são várias as ideias que podem ser expressas através de uma bandeira. Seu significado é tão forte, que todos os países possuem sua própria bandeira, aquela que representa a nação e que, por isso, deve ser respeitada. A atual bandeira do Brasil foi instituída quatro dias depois da Proclamação da República. Por conta disso, no Brasil, comemoramos o Dia da Bandeira em 19 de novembro. 


AS CORES

           As primeiras bandeiras da história do homem costumavam representar um grupo sócio-cultural através da imagem de um animal, de um vegetal ou objeto. Com o tempo é que as cores passaram a ter também um significado importante, principalmente após a Revolução Francesa, quando passaram a exprimir a nacionalidade, independente de existirem ou não figuras ou emblemas na estampa.

           Antigamente, a escolha das cores se dava de forma arbitrária. Hoje em dia, estão relacionadas a fatores religiosos e políticos. A cor vermelha, por exemplo, é geralmente associada a movimentos revolucionários.  No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar, literariamente verde nos escritos de José de Alencar.

           O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de sobrevivência.

         Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema bandeirológico latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca. E finalmente o branco. Traduzindo nossos desejos de paz, nos inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim como o branco é a plenitude das cores.

         Sabemos que para cada estrela de nossa bandeira corresponde um estado brasileiro. Com a criação de novos estados no país, se estabeleceu uma dúvida: continuaria a correspondência? Conforme a Lei número 5.700, de 1º de setembro de 1971, essa correlação não existiria mais. Uma outra lei, no entanto, número 8.421, de 11 de maio de 1992, retificou a anterior, através da seguinte comunicação: a bandeira nacional deve ser atualizada sempre que algum estado da federação for criado ou extinto; os novos estados serão representados por novas estrelas, a serem incluídas, sem que afete a disposição estética original do desenho da primeira bandeira republicana; as que forem correspondentes a estados extintos serão retiradas, permanecendo aquela que represente um novo estado mediante a fusão. Nessa lei de 1992 consta ainda um anexo, trazendo uma lista dos estados e sua respectiva relação com as estrelas. A informação, portanto, de que essa correspondência estelar não existiria mais, deve ter se tratado de um erro de interpretação da lei de 1971.


          Quando foi instituída pelo decreto número 4, de 19 de novembro de 1889, a bandeira brasileira recebeu muitas críticas devido a sua relação com a astronomia. Isto porque a disposição das estrelas na esfera azul da bandeira não se encontrava da mesma forma como costumamos vê-la no céu. Tudo por conta da perspectiva escolhida pelos criadores do desenho original. A intenção era representar o céu do Rio de Janeiro às 8h30m da manhã do dia 15 de novembro, data da Proclamação, mas com um pequeno detalhe: o observador desse céu estaria do lado de fora da esfera, vendo-a a partir do espaço cósmico. E, mais ainda: essa bola imaginária (o espaço celeste) teria todas as estrelas grudadas nela, com a terra situada em seu centro. Daí a polêmica. Consta também que a constelação do Cruzeiro do Sul estava, nessa hora exata, com o braço maior na vertical e no meridiano da cidade do Rio. Tanta discussão para algo bastante simples: o céu da bandeira nacional aparece do lado oposto de nossa visão aqui da terra.

         





Fonte: COIMBRA, Olavo Raimundo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 1972.



Veja agora algumas leituras que os alunos da Escola Municipal Papa Paulo VI realizaram da nossa Bandeira:


 










O HINO DA BANDEIRA

Olavo Bilac






Salve, lindo pendão da esperança,


Salve, símbolo augusto da paz.


Tua nobre presença à lembrança


A grandeza da Pátria nos traz.






Recebe o afeto que se encerra


Em nosso peito juvenil


Querido símbolo da terra,


Da amada terra do Brasil!






Em teu seio formoso retratas


Este céu de puríssimo azul,


A verdura sem par destas matas


E o esplendor do Cruzeiro do Sul.






Contemplando o teu vulto sagrado


Compreendemos o nosso dever,


E o Brasil por seus filhos amado,


Poderoso e feliz há de ser.






Sobre a imensa Nação brasileira


Nos momentos de festa ou de dor,


Paira sempre, sagrada bandeira


Pavilhão da justiça e do amor.

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